Ana Carolina Gama.
15/01/2025
Ferramenta de controle ou risco à liberdade? O que você precisa saber sobre a moeda digital brasileira em 2025
A moeda digital brasileira, chamada Drex, está prestes a inaugurar uma nova era na forma como lidamos com dinheiro.
Prevista para ser lançada ao público em 2026, a moeda já desperta debates intensos sobre suas implicações: enquanto promete modernizar transações financeiras e ampliar a inclusão, também levanta questionamentos sobre privacidade e o potencial de controle estatal.
O que é o Drex?
Diferente de outras inovações financeiras, o Drex vai além de ser uma simples versão digital do real. Construída sobre tecnologia blockchain, a moeda será capaz de executar contratos inteligentes, permitindo transações complexas com menos burocracia e custos reduzidos. Com ela, será possível negociar desde imóveis até certificados bancários tokenizados, abrindo novas possibilidades para o mercado financeiro e para o consumidor final.
Durante 2025, o Banco Central já lidera uma fase intensiva de testes com bancos e fintechs, explorando aplicações práticas em setores como o imobiliário e automotivo. Esse período é importante para alinhar tecnologia e regulamentação antes de sua disponibilização geral.
Privacidade em xeque?
Embora a moeda prometa eficiência, o Drex também carrega preocupações. Em recente declaração, o cientista político Adriano Gianturco alertou sobre os riscos de centralização do controle estatal. Segundo ele, a digitalização completa das moedas pode dar ao governo ferramentas para monitorar e até restringir o uso de recursos pelos cidadãos, representando um potencial ataque à liberdade financeira.
Esse alerta reforça a necessidade de um debate público sobre governança e segurança digital, para que o Drex possa beneficiar a sociedade sem abrir brechas para abusos de poder.
Inovação para empresas e governo
Além das implicações para as pessoas, o Drex é visto como uma oportunidade estratégica para empresas financeiras. Instituições como Banco do Brasil e Caixa estão desenvolvendo soluções inovadoras baseadas na tecnologia de tokenização, prometendo aumentar a transparência e reduzir custos em transações internacionais.
O setor público também poderá se beneficiar. Com a rastreabilidade aprimorada do Drex, seria possível melhorar a gestão de recursos públicos, reduzindo desperdícios e fortalecendo mecanismos de fiscalização.
Um futuro promissor, mas cheio de desafios
À medida que 2026 se aproxima, o Drex simboliza uma grande transformação no sistema financeiro brasileiro. Contudo, o sucesso dessa moeda digital depende de regulamentações que conciliem eficiência, privacidade e liberdade.
Enquanto isso, empresas e cidadãos devem se preparar, buscando entender as mudanças e se adaptando às novas possibilidades e riscos.
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